sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Inside - Mini-web. Parte 1/2

Para quebrar a tensão da noite que há poucos minutos tive, aqui vai uma mini web que eu escrevi um pouco antes do Natal. Ela é natalina, porém como muito falamos "o espírito natalino deve ser durante todo o ano". Ótima noite, coisas lindas! <3

MINHA AUTORIA. M-I-N-H-A A-U-T-O-R-I-A
Primeira parte.

01

Pela décima vez em duas semanas, Ryan Bills quebrou outro prato da louça cara comprada pela sua mulher, Melanie. Estressada, pois era manhã de natal, Melanie não hesitou em gritar:
- Você não cansa de me irritar? – questionou entre os dentes trincados.
Não era a primeira discussão de vários dias ou anos de casamento. A cada vez que o tempo passava, as sessões de discussões aumentavam.
- Desculpe Melanie, não foi porque eu quis – Ryan se desculpou, tentando controlar o tom de voz.
- Claro que foi. Parece até mentira que você já quebrou dez pratos! Eu não tenho mais dinheiro para ficar bancando a louça desta casa! – exclamou.
- Acha que não coloco dinheiro nesta casa com meu trabalho? – disse Ryan, ofendido.
- Para alguma coisa você serve pra entender – debochou e tentou voltar concentrar sua atenção em lavar a louça, já que não possuíam uma máquina.
A família Bills era pobre ao ponto de alguns vizinhos doarem lanche para seus três filhos, que naquele momento dormiam. Era natal... E ainda sim os dois meninos e a menina não tinham nenhum presente debaixo da pequena e escassa árvore de natal na pequena salinha.
- Se sou um inútil porque não perde o divórcio e vai embora com as crianças? – Ryan gritou – Hein?
Desta vez, quem quebrara um prato no chão limpo e branco como a neve fora Melanie. As lágrimas caíram em seguida. A mulher de cabelos castanhos e pele acobreada teve que se apoiar na pia para não cair em altos prantos e acordar os filhos.
Após o dito, Ryan pegou seus materiais de pintura com violência e os inseriu em sua velha bolsa, que dali a alguns dias, sem sombra de dúvidas, rasgaria. Ryan ignorou este fato e não mediu a ferocidade, podendo adiantar o rasgo.

02

Ryan decide vagar pelas ruas desertas de seu bairro pobre da grande Nova York. Desejava buscar algo que o fizesse esquecer os acontecimentos recentes e, como nos desenhos animados, uma lâmpada se acendeu acima de sua cabeça, dando-lhe uma ideia: procurar executar o quadro mais bonito do mundo. Não lindo, mas bonito.
No velho parque que ficava a poucos metros de sua residência viu passarinhos alando em uma sintonia admirável. Algumas crianças evidentemente que viviam nas ruas corriam de um lado para o outro no intento de acompanhá-los. Era em vão. Ryan pensou se este não seria belo quadro para se pintar. Parou e visualizou a cena de um ângulo melhor. Imaginou o quadro já feito e não se agradou.

03

Anoitecera. E nada de Ryan Bills comparecer ao tradicional jantar da família Bills.
- Não sei mais o que fazer para enganar as crianças – Melanie cochichou no telefone para a mãe, reprimindo os soluços que queriam ser postos para fora.
- Você sabia que não seria fácil. Ainda mais o Ryan!
A família por parte de Melanie era rica. Muito rica. Jamais os Cox’s apoiaram a união da filha com os Bill’s. Era constrangedor. O pai deserdara Melanie e a mãe, sendo uma rara misericordiosa, conservava contato por telefone com a filha.
- Ahh, mãe... porque não aparece aqui e fica uma horinha conosco? As crianç...
- Mels, preciso terminar de pintar as unhas dos pés com minha manicure. Bom Natal.
E tu tu tu. “Bom Natal”, Melanie pensou, “que ironia!”.

04

Ainda que a indagação parecesse incessante, Melanie juntou-se aos filhos e juntos, jantaram o pouco que tinham. Era pouco antes da meia noite.
00h00 em ponto, os quatro membros da família Bills desejaram feliz natal uns para os outros. A menina, mais nova, questionou a ausência do pai novamente. Melanie não soube o que dizer. Enquanto os fogos pipocavam no céu, a jovem mãe colocava as crianças em suas respectivas camas do humilde quarto.
Ao sair do cômodo, voltou para a sala que era colada com a cozinha, sem nenhum balcão ou parede que os separassem. Cruzou os braços, preocupada e sentou-se no último sofá. A água retornou com a ânsia de rolar em forma de lágrimas no rosto bronzeado. Melanie quase cedia, quando a porta se abriu e um personagem masculino entrou com o pé direito.


CONTINUA kkkk

XOXO, não, não sou a Gossip Girl, que já não existe.
Between Green Eyes. 

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